Os Astrodome editaram em Novembro passado o seu primeiro longa-duração. O homónimo é composto por seis temas que nos levam por uma autêntica viagem de psicadelismo espacial e tem selo da YAYAYEAH, contando com uma edição limitada de 100 K7s. Como o quarteto portuense não quer que vocês se percam pelo caminho, desenharam em baixo um pequeno mapa para vos guiar.

A introdução, o preparar para a viagem, com boas expectativas, motivação. Primeira parte com uma bateria mais trabalhada do Bruno. Na segunda parte entra um riff com mais peso que funciona como uma marcha. É a música que mais usamos para abrir concertos, um bom “get in the mood” para nós e para o público.

Feitas as apresentações, dá-se início à viagem. Descolagem. Começo sereno no vazio do espaço, momentos de emoção da viagem. No meio temos uma jam em que improvisamos bastante, é o momento em que nos perdemos e queremos levar quem nos ouve connosco. Acaba com um riff pesado que vem anunciar a tempestade que se avizinha no limiar de um buraco negro…

Atravessar o buraco negro e viver as atribulações que tal feito acarreta. Este é o nosso lado mais doom ou mesmo a nossa homenagem ao género. Os riffs pesados não deixam dúvidas… A esperança é pouca. A guitarra repetitiva e estridente transmite a confusão de quem atravessa um turbilhão de escuridão completamente perdido…

Após o turbilhão estamos a cair pelo espaço.. Quase a desistir e a fechar lentamente os olhos. Começa numa onda muito Pink Floyd, e tal como o herói que no último momento se começa a erguer vai crescendo à medida que vamos superando a viagem terminando com um riff poderoso e vitorioso.

Depois das dificuldades, chega-se ao destino. O mundo novo é estranho… exótico. A guitarra que transita entre trechos mais orientais e outros de influência celta pinta uma paisagem verde com montanhas em redor e duas luas no céu. Começam os primeiros passos por este novo mundo. A bateria e o baixo marcam o ritmo da caminhada e a guitarra ritmo acaba de pintar a tela. A música culmina num riff folk mais alegre a condizer com a agradável paisagem.

Música que funciona como um ritual de celebração do fim da viagem, de conquista, num ambiente exótico, com os nativos e a descoberta de novos deuses e culturas. Aqui expomos as nossas influências mais sul americanas e a música para nos soar a Andes, Aztecas, mulheres, Santana em Woodstock, especiarias, danças tribais, psicadelismo. Queremos que dancem connosco.