Reportagem


Um Corpo Estranho

Começou a medir-se o Pulso.

Popular Alvalade

29/09/2016


Foi no passado dia 29 de Setembro que em Alvalade se deu o mote para começar a medir literalmente o Pulso. O concerto, a acontecer na Popular Alvalade, servia como uma óptima desculpa para os setubalenses Um Corpo Estranho apresentaram o seu novo álbum, em mais uma noite de rock na capital.

Já passava um pouco da hora marcada quando as portas finalmente abriram e começámos a sentir a simpatia de quem nos recebia. Dentro da sala o novo compasso de espera, enquanto se ultimavam pormenores, serviu para refrescar mais uma noite quente de Setembro e, já com o público aconchegado num dos lados do palco instalado na sala, começa o concerto.

Cedo se percebeu que a banda não iria ficar por tocar as músicas de Pulso na ordem do álbum, mas iria misturar também músicas mais antigas, do seu “De não ter tempo” lançado em 2014. Na setlist podemos contar com flashbacks de “Resto Zero”,  “Auto Coação”, a pinkfloydesca “Amor em Contramão” ou a potente “Matéria de Combustão”.

Obviamente que o foco maior da noite era o novo álbum e podemos dizer que as novas músicas foram bem recebidas pelos presentes. Canções como “Vertigem”, música que abre o álbum ou “Onde quero arder”. Com “Scarlett” veio uma sugestão de dress code para as senhoras na casa, e com “A Seiva” veio o momento mais introspectivo de todo o concerto, mais profunda ainda que “Vigília” e as suas guitarras a fazer lembrar Dead Combo. Para o fim foram guardadas músicas mais pujantes como “Matéria de Combustão” ou “Estranho à Terra”.

Foi um bom pontapé de saída para mais um disco dos Um Corpo Estranho e ficou apenas a merecer um público um pouco mais robusto do que a quantidade que esteve presente na sala, no entanto, o ditado “poucos mas bons” existe por algum motivo e aplica-se aqui. Perdeu quem não foi uma bela noite que valeu pela boa música que se fez ouvir.

Galeria


(Fotos por Hugo Rodrigues)

sobre o autor

Joao Neves

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