Vomitory

All Heads Are Gonna Roll
2023 | Metal Blade Records | Death metal

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Quem diria! As coisas deviam estar muito limpinhas, devia haver algum chiqueiro de carnificina em falta. Já nos tínhamos conformado com a ideia de que já não ia haver mais Vomitory. Até tinham acabado em grande com “Opus Mortis VIII,” que já tem uma dúzia de anos. Vêm as reuniões para uns concertos especiais e assim, a sangue frio, anunciam que têm um disco para nós. “All Heads Are Gonna Roll.” Título do álbum e um válido aviso a ter em conta.

Tão simples que este álbum é. Exactamente como devia ser. Nem estão cá a perder tempos com introduções, entram logo ao biqueiro e a chinfrineira imediata da faixa-título representa tudo o que vem na seguinte descarga. Falamos de lendários Suecos que até estudam mais do diapasão Americano, sem dispensar totalmente a podridão do seu país de origem. Os riffs são implacáveis. A forma como chega a meio e só encontrámos malhas, sem aparecer ainda o ponto baixo ou aquela faixa mais dispensável, ou que já expõe cansaço e piloto automático já nos mostra a forma em que se encontram os Vomitory após paragem. Não fosse pelas saudades e nem notaríamos que tinham ido a algum lado. Ferrugem? Não, o que escorre é bem mais avermelhado. É sangue, mesmo.

Já é desnecessário recorrer a outras referências que não eles próprios. Porque lembra-nos mesmo a violência de um petardo como foi “Terrorize Brutalize Sodomize.” É riff atrás de riff, é o gutural de Erik Rundqvist que continua a dar medo, é o susto que também nos causa saber que há refrães memoráveis no meio desta brutalidade toda, é malhas a fazer-nos ser aquele chato que vai pedir bandas para as redes sociais dos festivais porque queremos erguer o punho e dar cabo do pescoço com estas malhas ao vivo, é a melodia que nos surpreende em linhas vocais, em riffs, em solos quase clássicos como em “Raped, Strangled, Sodomized, Dead.” É Vomitory. É death metal. Do mais bruto e esperado, o verdadeiro “meat and potatoes” como muitos gostam de chamar a estilos praticados na íntegra sem mexer em fórmulas. E é o melhor que poderiam ter feito. Se nem sequer lhe esperávamos o regresso, quanto mais um álbum assim!

Músicas em destaque:

All Heads Are Gonna Roll, The Deepest Tomb, Raped Strangled Sodomized Dead

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Cannibal Corpse, Deicide, Sinister


sobre o autor

Christopher Monteiro

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