Os Dead Cross, supergrupo de cinquentões com demasiada energia, já surpreenderam tudo e todos com o seu petardo de estreia do ano passado e, sem grande aviso ou cerimónia, lembram-nos da sua presença com um EP surpresa, igualmente auto-intitulado, e muito breve com apenas quatro faixas que nem um quarto-de-hora totalizam.

Dois novos temas que trazem os Dead Cross iguais a si mesmos, com o seu hardcore metálico, orientado pelos seus principais monstros: o colosso frenético da bateria de Dave Lombardo e a gritaria demoníaca de Mike Patton. Dois malhões que podiam muito bem ter constado no álbum de estreia e adaptar-se-iam lindamente. Juntem-se duas surpreendentes e estranhas remixes electrónicas de temas já conhecidos que poderão espantar alguns fãs e seduzir outros que encontrem interesse nas suas curiosas batidas industriais.

É um mero aperitivo. Ou um lembrete. Como se o disco de estreia fosse uma sessão de pancadaria e este EP fosse uma pisadela na cara a avisar que já voltam para mais uma.