Simão Reis

Combustão Lenta
2020 | Edição de Autor | Indie Rock

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Nascido na Trofa e recentemente sediado em Lisboa após viver alguns anos em Bragança, Simão Reis (Chevalier de Pas, Rei Marte, Sid, Just The Tip e Raiva Rosa) é um multi-instrumentalista e raro escritor de canções à moda antiga.

Combustão Lenta” é lançado hoje (1 de Maio de 2020), e é um EP de três músicas intituladas “Ouro“, “Prata” e “Bronze“. Este EP foi produzido durante a quarentena que vivemos, combinando-se de forma mágica com o trabalho de ilustração da Beatriz Szwarc que foi criando ilustrações enquanto ouvia e via em carne e osso a criação das músicas num quarto em Lisboa. “Combustão Lenta” é lançado com as ilustrações de forma exclusiva no bandcamp do artista. Sendo possível de obter os singles juntamente com todas as ilustrações durante um tempo limitado nesta plataforma – uma forma de fomentar um necessário “novo início” da música no panorama global.

#1 Bronze

É uma música com uma estética mesmo muito metálica ou ferrosa. Passa facilmente a imagem de algo que foi criado dentro de quatro paredes metálicas. É obviamente inspirada por este período de isolamento forçado onde voltei às minhas origens de composição, como o stoner rock, e onde voltei a pegar em distorções. É a única música completamente instrumental do EP. O nome vem do facto deste tipo de sonoridade ser a parte mais animal, primária ou instintiva quando penso em fazer música, quase como sendo a minha idade do Bronze.

#2 Prata

Retrata a minha relação com a cidade de Lisboa, e com tudo o que a mudança para esta cidade me trouxe, como as ruas cheias de estímulos e cheiros, e particularmente, a cor do Tejo no Inverno. Pessoalmente, esta mudança transformou o meu som e a minha própria maneira de fazer música. As pessoas inicialmente diziam-me que a música era curta, e foi isso que acabou por estimular a criação do Combustão Lenta. Esta é também a música com que concorro actualmente ao EDP Live Bands 2020.

#3 Ouro

Para além de poder ser interpretada de muitas formas diferentes, e de ser uma música naturalmente poética, pode-se dizer que “Ouro” é uma mistura genuína de diversos estilos musicais que aprecio. Começando pelo indie-rock, dream-pop, downtempo e musica popular portuguesa. Acaba por ser inspirada por muita coisa que oiço dentro desses estilos também. Passados 4 dias do lançamento da música como single considero que é provavelmente a melhor música que fiz até agora. Acho que a música flui tão naturalmente entre géneros que sinto mesmo que transmite uma viagem bonita. A música fala sobre o acto de criação e a forma como pode fluir através de um processo natural que acontece diariamente e que eu associo muito ao acto de fumar e à forma como esse acto me leva a interiorizar muita coisa.


sobre o autor

Arte-Factos

A Arte-Factos é uma revista online fundada em Abril de 2010 por um grupo de jovens interessados em cultura. (Ver mais artigos)

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