“Roupa Nova” é o segundo disco de João Berhan e é composto por oito canções gravadas por Nuno Morão no Scratch Built e misturadas por Eduardo Vinhas no Golden Pony. Com letras e composições de Berhan, os arranjos ficaram a cargo de Teresa Campos (Sopa de Pedra) na voz, Ricardo Ribeiro (Bande à Part, Tiago Sousa) nos clarinetes, Diogo Picão (Orquestra Latinidade, cantautor) nos saxofones, Baltazar Molina nas percussões e Miguel Gelpi no contrabaixo.
#1 Roupa Nova
Mantra esperançado tocado com a guitarra do fantasma de Lou Reed, numa manhã de neblina no Largo de São Paulo: um pé na cidade, outro no exílio.
#2 Falas de Revolução
Mazurca saideira para fechar o tasco. Na parede, um póster turístico em letra cursiva com o busto de Marx e a bóina do Che: “Se não posso dançar, esta não é a minha revolução.”
#3 Monotonia
Gorilas prá chungaria; antes do fado, a anarquia nos becos da Mouraria caiada de anestesia.
#4 Ditadura
A sexualidade na política, ou a política da sensualidade no mundo globalizado. Aborda o priapismo e estende um longo abraço a Iran Costa.
#5 GCN
#6 Serra da Lapa
#7 Roupa Velha
#8 Enxaguado
O fado da gentrificação. Estranhamente desapaixonado, rendido ao deslumbramento na óptica do utilizador. Escrito sobre o “Último Desejo”, samba de Noel Rosa.