Vindo da Austrália, Plini traz “Sunhead,” mais um EP devidamente recheado, a sugerir uma missão de tornar os discos de virtuosismo e exibicionismo à guitarra menos chatos.

Ainda mantendo a qualidade compacta em pouco tempo, sem a necessidade de esticar para um longa-duração, – em vários lançamentos ainda só tem um desses – acaba por ter um álbum muito completo e mais um grande passo no seu percurso. Sempre a prestar tributo aos seus heróis de guitarra, aos actos progressivos modernos e do afamado “djent” mais contemporâneos e ao sempre presente jazz, o jovem guitarrista continua a aperfeiçoar a identidade que já construiu. E nessa entrada de influência e em relação à “cor” que este EP veste: peças como “Flâneur” e “Sunhead” comprovam que este é o seu lançamento mais jazzístico.

São vinte minutos e quatro temas entusiasmantes que agradarão a fãs do metal progressivo de uns Animals as Leaders ou de uns TesseracT, com muito para agradar a fãs de rock progressivo clássico, jazz e um ou outro “guitar hero” de rosto e guitarrada reconhecível. Evolutivo e cada vez mais identificável. Técnico mas sem exageros, aqui compõem-se canções. E em tão pouco tempo, passa-se tanta coisa e com tanta coesão. Cá ficamos à espera do pouco que seja que o jovem talentoso nos traga da próxima vez.


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