Uma resposta sensível ao mundo atribulado que vivemos: “I Was Told to Be Quiet” é o sexto álbum do cantor e compositor MOMO., brasileiro que reside hoje em Lisboa. Gravado em Los Angeles, a obra reúne a herança calorosa e afectiva das sonoridades tupiniquins, como bossa nova e samba, com a estética arrojada do indie contemporâneo. O resultado é um repertório que brilha em originalidade para receber a voz e a interpretação de um artista sempre celebrado pela crítica.
#1 For I Am Just a Reckless Child
Uma súplica e oração em forma de canção.
#2 Diz a Verdade
Inspirei-me nas melodias do mestre Arlindo Cruz para construir essa melodia. Samba californiano.
#3 Marigold
Canção existencialista escrita em parceria com Thiago Camelo. Poema inspirado na canção “Don’t let my Marigolds die”, do compositor britânico maldito Bill Fay.
#4 Mon Neánt
Canção em parceria com minha esposa Amanda Raybaud. Nessa faixa toco congas e percussão. Originalmente era uma balada folk, mas ganhou atmosfera enigmática e mântrica graças a criatividade do Tom [Biller].
#5 Stupid Lullaby
Compus essa canção imaginando que a Nina Simone poderia a cantar. No estúdio em Los Angeles, chorei copiosamente ao ouvir o piano conduzindo a canção. Primeira vez que uma canção minha é arranjada ao piano.
#6 Vida
Parceria com Wado. Uma espécie de morna psicadélica. Arranjo rítmico construído através de discos de música africana que comprei numa loja de vinis em Highland Park. A loja ficava perto do estúdio.
#7 Higher Ground
Última música que compus para o disco. Queria uma mensagem positiva, humanista; uma espécie de “Imagine”, de John Lennon. Escrevi o refrão imaginando o Bob Marley cantando.
#8 Mes Yeux Crevés
Um fado canção originalmente, em que tive a alegria de cantar junto ao Camané no meu show no Cinema São Jorge, Lisboa. Virou uma espécie de chanson francesa, com arranjos que remetem para os discos de Charles Aznavour.
#9 Lillies for Eyes
Parceria com Alext Toth, da banda nova-iorquina Rubble Bucket. Canção mais triste e melancólica do álbum. Nela sobressai o universo e atmosfera mais trovadoresco, marca da minha obra.
#10 Sereno Canto
Samba contemporâneo em parceria com Wado. A letra retrata o desgaste da relação de um casal, já há um tempo juntos. Mas que encontra no tempo de convívio a maturidade e sabedoria para superar o desgaste. Das minhas canções favoritas de entre tantas que escrevemos juntos.