Os Monte Branco nasceram no Porto no início de 2023, resultado da convergência de músicos habituados a outros ambientes sonoros e que encontraram no indie pop o lugar comum.

O primeiro avanço da banda é o EP “Cura“, editado no passado dia 24 de Novembro, de forma independente. A sua matriz constrói-se à volta do dream pop e soft rock pincelados com o revivalismo dos synths dos anos 70 e 80.

O EP foi gravado em 2023 entre o Porto e Lisboa e contou com a produção de Miguel Nicolau, produtor que já colaborou com J.P Simões, Memória de peixe, Golden Slumbers, Monday, entre outros.

O ambiente sonoro revivalista, mas ao mesmo tempo moderno e urbano, foi pensado com detalhe fazendo de cada escuta uma descoberta de novas dimensões das canções.

O tema fala-nos de sonhos que, condicionados pelas circunstâncias da vida, acabam por ser difíceis de concretizar. A cura afigura-se, ora como a realização dos sonhos, ora como a desistência de os alcançar.

A produção leva-nos para um ambiente lo-fi, onde as guitarras ondulantes e os sintetizadores vintage, são a imagem de marca da identidade sonora da banda.

O segundo single do Ep Cura, é uma canção que nos fala sobre duas dimensões da vida: uma dimensão mais pragmática e estética e uma segunda mais profunda e ética.

A letra da canção confronta estas duas dimensões sob o ponto de vista da satisfação das várias necessidade da existência, desde as básicas que alimentam o corpo e “maiores que nós” alimentam os espírito.

Esta produção mantém a identidade sonora da banda e mostra-nos um lado mais rock da produção dos Monte Branco.

Mil motivos é uma canção que nos desafia para uma reflexão sobre a vontade de sermos disruptivos com o pré estabelecido, fieis à nossa natureza e sem arrependimentos, mesmo correndo o risco de sermos incompreendidos. A letra envolve-nos num jogo de palavras, quase como uma lengalenga, num ritmo imposto pela linha de guitarra e a abordagem muito marcada dos sintetizadores, fazendo de mil motivos o tema mais dançável do EP, que promete desafiar o público nos concertos ao vivo.

O último tema do Ep fala-nos de pessoas. O desgaste das relações, leva-nos a desabafar, nas ocasiões em que o calor do momento tolda a razão, que mais tarde ou mais cedo a ruptura vai chegar. Só amor não chega para segurar uma relação, senão para não temer encarar o seu fim.

A linha de guitarra ondulante é a principal marca deste tema, num ambiente lo-fi, numa produção cheia de detalhes que farão de cada escuta uma descoberta de novas dimensões da canção.