Os aBAND’onados são uma banda de Coimbra formada no ano de 2020. Ricardo Serra, João Vilela, Pedro Amado e Ricardo Basílio são apaixonados por música e estão comprometidos a partilhar as suas histórias e emoções através das suas composições. Com uma mistura eclética de influências musicais, que vão desde o punk rock até ao funk rock, a banda cativa o seu público com uma energia contagiante e letras poderosas.

#1 Baixar os Braços (Não)

Superação da rotina e luta pessoal por mudança

A música retrata um protagonista preso à monotonia do quotidiano – o quarto solitário, o café apressado, o trânsito, o trabalho repetitivo. No entanto, esse cenário cinzento é o ponto de partida para uma mudança interior. Ele escolhe não desistir, não “baixar os braços”, e encara a luta contra a apatia e o conformismo.

É bem presente uma mensagem de resiliência frente às dificuldades, vontade de mudança e crescimento pessoal.

Com um refrão forte a frase: “Destino a mim pertence, eu não devo nada a ninguém” diz muito sobre o carisma da banda.

#2 Se Eu Pudesse

Desejo de transformar o mundo com empatia e justiça

Esta música é um hino à utopia pessoal – um sonho de um mundo melhor, livre de guerra, fome, desigualdade e corrupção. A letra expressa impotência perante os grandes problemas sociais, mas também esperança e vontade de mudança, mesmo que através de um “truque de magia”.

O uso repetido de “ai se eu pudesse” mostra que o desejo existe mas a realidade ainda o impede. O refrão sonha com harmonia e transformação, como se a magia fosse apenas uma metáfora para a ação ou consciência coletiva.

#3 Justiça em Portugal

Crítica social direta à injustiça, impunidade e corrupção em Portugal

A música é um retrato cru e sarcástico da realidade social e judicial do país. Cada verso denuncia diferentes formas de desigualdade, impunidade, e disfunção institucional – desde crimes não punidos até à corrupção, passando por desigualdades de classe e violência silenciada.

A letra transmite revolta com a normalização do crime e da injustiça e mostra preocupação com as vítimas esquecidas: idosos, mulheres, jovens vulneráveis. Frases como “em Portugal tudo isto é normal” e “justiça nos dicionários” usam humor e ironia para intensificar a crítica.

Com rimas cruas e urbanas a letra soa como uma crónica rimada de um dia em Portugal.

#4 Vai Lá

Valorização dos avós e das raízes culturais, com um apelo a aproveitar o tempo com eles enquanto é possível

A música é um convite emocional e terno para visitar os avós, passar tempo com eles, aprender com a sua sabedoria e experiências, e absorver a cultura e tradições que carregam. Há um sentido de urgência emocional (“antes que seja tarde demais”) misturado com carinho, nostalgia e respeito.

Existe uma mistura de linguagem afetiva e popular (broa, fornalha, costura, crochê), que aproxima o ouvinte do ambiente familiar e rural.

A repetição de “poder voltar” no final cria uma emoção crescente e reforça o valor da memória e do retorno.

O tom da música é positivo, mas está carregado de melancolia implícita, o que a torna imensamente humana.

#5 Estou Aqui

Declaração de amor incondicional e compromisso profundo

A música é uma promessa emocional, simples e direta, de alguém que quer estar presente para o outro em todos os momentos – nos bons e maus, no presente e no futuro. É uma celebração da lealdade, companheirismo e gratidão amorosa, especialmente depois de tudo o que já foi vivido.

Enquanto “Baixar os Braços” motiva e “Justiça em Portugal” revolta, “Estou Aqui” abraça.

#6 Zé Ninguém

Retrato cru da exclusão social, dependência e marginalização

A música conta a história de um homem – o “Zé-Ninguém” – uma figura símbolo de abandono, vício e desintegração social. A letra não romantiza nem condena: apenas mostra, com brutal honestidade, o ciclo destrutivo em que ele se encontra. É um espelho da realidade urbana invisível, que muitos ignoram.

Neste tema não existe um julgamento direto, mas também não há uma salvação anunciada. É inevitável! A sociedade já desistiu dele… e ele de si próprio.

O nome “Zé-Ninguém” é poderoso por si só – representa os esquecidos, os que caíram fora do “sistema”.

#7 Conquista

Realização de um sonho através da dedicação, esforço e resiliência

A música conta a história de alguém que lutou, trabalhou e finalmente alcançou o que desejava – não por sorte, mas por mérito. É um tema inspirador, que transmite energia positiva e determinação. Um verdadeiro hino ao mérito, à persistência e à ambição com propósito.

Esta música reflete o trabalho, esforço e dedicação da banda para conseguir a edição deste álbum. Escrevi-a na altura em que o João entrou para a banda e certos versos também são inspirados nele.

#8 Ser Motard

Liberdade, irmandade e paixão pelas motas

Espero que esta música se possa vir a tornar um grande hino ao estilo de vida motard. Mais do que apenas andar de mota, é sobre pertencer a uma comunidade com valores próprios: liberdade, amizade, irreverência e espírito de estrada. Tem um tom festivo, de celebração, com energia contagiante.

Versos como “é família fora do lar” e “maior amizade nunca recebi” destacam o lado humano e fraterno da comunidade motard. Imagens fortes e reais, sem filtros, como “apreciar nudez, curtir com vocês” demonstram espontaneidade e autenticidade.

“Ser Motard” é uma explosão de identidade e pertença!

#9 Tu Só Vives Uma Vez

O valor único da vida e a urgência de vivê-la com intenção, coragem e autenticidade

É uma música de reflexão e encorajamento, que percorre o ciclo da vida – desde o nascimento à velhice – sempre com a mensagem de que não há tempo a perder, e que a vida deve ser vivida de verdade.

Esta é a faixa mais universal do álbum pois qualquer pessoa, de qualquer idade, se pode identificar.

No fundo, depois de todas as mensagens que a banda pretende passar com os temas anteriores fechamos a dizer “aproveitem todos os dias da vossa vida e sempre que caírem… levantem-se depressa e mais fortes”.


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