Porto/Post/Doc 2025 lança novas confirmações

por Arte-Factos em 2 de Outubro, 2025

Porto/Post/Doc 2025 lança novas confirmações

A 12.ª edição do Porto/Post/Doc: Film & Media Festival realiza-se entre 20 e 29 de novembro de 2025, no Porto, apresentando uma programação que atravessa cinema, música, cultura popular e grandes questões contemporâneas. Neste anúncio o PPD destaca o filme de abertura “Romaria, da realizadora Carla Simón, e o filme de encerramento “Pai Mãe Irmã Irmão”, de Jim Jarmusch. Além disso, está já fechada e anunciada a seleção da Competição Cinema Falado dedicada aos filmes da lusofonia.

Reconhecida pelo seu olhar sensível sobre temas familiares, identitários e intergeracionais, Carla Simón apresenta “Romaria”, a história de Marina, uma jovem órfã que viaja até à costa atlântica de Espanha em 2004 para obter uma assinatura necessária para uma bolsa de estudos, confrontando-se com familiares que nunca conheceu e explorando memórias e segredos de família. A terceira longa-metragem da realizadora, que completa a sua trilogia autobiográfica iniciada com “Summer 1993” (2017) e “Alcarràs” (2022 e vencedor do Urso de Ouro em Berlim), estreou na Competição Oficial do Festival de Cannes 2025, recebendo elogios internacionais pelo seu retrato íntimo e poético, que combina realismo documental, elementos oníricos e flashbacks em Super-8.

É também no universo das relações familiares que se desenrola “Pai Mãe Irmã Irmão”, o mais recente trabalho do cineasta norte-americano Jim Jarmusch. Estruturado em três capítulos e filmado em três países diferentes – “Pai” no nordeste dos EUA, “Mãe” em Dublin e “Irmã Irmão” em Paris – a longa metragem oferece uma reflexão subtilmente bem humorada sobre os laços familiares e sentimentos como a melancolia e a ternura. Reconhecido pelo seu estilo único e pela exploração de temas existenciais, Jarmusch construiu uma carreira marcada pelo cinema independente, minimalista e de humor negro, com obras icónicas como “Stranger Than Paradise” (1984) e “Paterson” (2016), mantendo também uma forte ligação à música.

A Competição Cinema Falado do Porto/Post/Doc 2025 reúne uma seleção de filmes que exploram a diversidade da língua portuguesa e as realidades dos países lusófonos. Entre os destaques encontram-se “A Última Colheita“, de Nuno Boaventura Miranda, que retrata a vida de uma comunidade cabo-verdiana em Lisboa; “Cartografia das Ondas“, de Heloisa Machado Nascimento, que mistura ficção e realidade para explorar temas de maternidade e identidade; “Deuses de Pedra“, de Iván Castiñeiras, que oferece uma visão poética de uma comunidade rural na fronteira entre a Galiza e Portugal; “Infinito Infinito, Na Imaginação da Matéria“, de Mariana Caló e Francisco Queimadela, que acompanha práticas artísticas e exploratórias de crianças e estudantes de Belas-Artes; “Ku Handza“, de André Guiomar, sobre a sobrevivência criativa em Maputo. Espaço ainda para “Claridade“, de Mariana Santana, que acompanha uma viagem ao Douro em busca de um fenómeno luminoso e os confrontos existenciais que daí emergem; “Maria Henriqueta Esteve Aqui“, de Nuno Pimentel, que mistura história e evocação sensorial para reconstruir a presença de Maria Henriqueta no Porto de 1872; “Samba Infinito“, de Leonardo Martinelli, sobre um trabalhador do Carnaval do Rio e os desafios da perda e da responsabilidade; “Um Filme de Terror“, de Sergio Oksman, que acompanha um verão em Lisboa entre fantasmas, lendas e o passado sombrio; “Zizi (ou Oração da Jaca Fabulosa)“, de Felipe M. Bragança, um documentário fabular sobre memórias familiares e a passagem do tempo; e “Sechiisland: A Vida como Obra de Arte“, de Cláudia do Canto e João Paulo Miranda Maria, que explora a vida cotidiana e a criação artística como processo contínuo de experiência e reflexão.

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