MDOC Melgaço com 33 filmes de 23 países em competição

por Arte-Factos em 10 de Julho, 2025

MDOC Melgaço com 33 filmes de 23 países em competição
© Ancestral Visions of the Future

O MDOC – Festival Internacional de Documentário volta a lançar um olhar sobre o mundo a partir de Melgaço, onde as grandes questões do nosso tempo se cruzam com o olhar do cinema do real. Trinta e três filmes competem aos prémios Jean-Loup Passek, D. Quixote (FICC) e, pela primeira vez, ao FIPRESCI Prize, atribuído pela Federação Internacional de Críticos de Cinema. Extracompetição, a destacar a estreia nacional do filme tributo a Jean-Loup Passek, “O Homem do Cinema”, de José Vieira, e os filmes resultantes da residência cinematográfica Plano Frontal de 2024.

Durante uma semana, a 11ª edição do MDOC Melgaço irá exibir 33 documentários de 23 países, cruzando geografias, histórias e temáticas atuais que convidam à reflexão sobre o que somos, de onde vimos e como enfrentamos o presente.

Dos mais de 800 filmes submetidos, foram selecionadas 16 curtas e médias-metragens e 17 longas-metragens. Todos os filmes internacionais em competição são estreias em Portugal. Concorrem documentários de Espanha, Estados Unidos, China, Canadá, República Checa, França, Síria, Países Baixos, Líbano, Ucrânia, Dinamarca, Irlanda, Alemanha, Irão, Suécia, Lesoto, Catar, Arábia Saudita, Egito, Polónia, Geórgia e Iraque (além de Portugal).

O tema transversal — Identidade, Memória e Fronteira — atravessa a totalidade dos filmes em competição, assumindo uma expressão particularmente atual e diversificada. Dos ecos do Holocausto em “Bedrock” (exibição a 29 julho) de Kinga Michalska; à força vital de uma mulher a resistir à guerra em Flowers of Ukraine (1 agosto) de Adelina Borets; das tradições do Entrudo de Lazarim em O Diabo do Entrudo (30 Julho) de Diogo Varela Silva; à “elegia visual” que explora a interseção da realidade entre a memória do passado e o presente da cidade de Homs, na Síria, em “My memory is full of ghosts” de Anas Zawahri (31 Julho); dos traumas e experiências passadas que definem quem somos no presente em “Ancestral Visions of the Future” (2 agosto) de Lemohang Jeremiah Mosese; às mulheres refugiadas em Portugal, que carregam as suas identidades no corpo e nas palavras, reconstruindo as suas vidas num novo território em “Kora” (3 agosto), de Cláudia Varejão; ou de “Afterwar” (1 agosto), de Birgitte Stærmose, filmado ao longo de 15 anos, e que acompanha crianças que crescem sob os traumas da guerra; a “Holding Liat” (30 julho), de Brandon Kramer, sobre a história de uma família dividida por um sequestro durante o conflito Israel-Palestina; ou “Cutting Through Rocks” (2 agosto), de Sara Khaki, sobre a primeira vereadora eleita numa aldeia iraniana, que desafiou quebrar antigas tradições patriarcais e as fronteiras de género e sociais.

Pela primeira vez, o MDOC irá atribuir o Prémio FIPRESCI, da Federação Internacional de Críticos de Cinema, somando-se aos já prestigiados Prémios Jean-Loup Passek e Prémio D. Quixote (FICC).

Toda a informação sobre o MDOC, organizado pela AO NORTE e Câmara Municipal de Melgaço, pode ser encontrada aqui.

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