Porto/Post/Doc 2017

por Isabel Leirós em 12 Novembro, 2017

O festival de cinema Porto/Post/Doc regressa à cidade invicta de 27 de Novembro a 3 de Dezembro de 2017, para repetir o sucesso das edições anteriores, nas quais se registou já uma afluência superior a 12 mil espectadores nas salas do Teatro Rivoli e Cinema Passos Manuel. Na sua quarta edição, dedica-se ao Arquivo: da utilização de imagens de arquivo, à memória do cinema.

Será dedicada uma retrospectiva aos cineastas Jean Rouch, Miroslav Janek e Peter Mettler, com filmes que ilustram a carreira de cada um.

Lucky é o último filme de Harry Dean Stanton e tem estreia nacional marcada para o festival, tal como o regresso de Sofia Coppola com The Beguiled, filme ambientado em plena guerra civil norte-americana. A larger than life Grace Jones também é protagonista, num arrojado documentário filmado ao longo de dez anos.

Num festival em que a música adquire papel central, não podiam faltar os documentários dedicados a esta arte que marca o passar dos nossos dias. Pela equipa nacional entram em campo  I Love My Label sobre a edição discográfica independente, Long Way from Home a propósito dos 25 anos do festival Paredes de Coura, e Não Consegues Criar o Mundo Duas Vezes sobre o hip hop que se faz a norte de Portugal. De além-fronteiras chegam-nos as subculturas do final do século XX em White Riot: London, Two Sevens Clash: Dread Meets Punk Rockers, e B-Movie: Lust & Sound in West-Berlin 1979-1989. Mas há muito mais cinema a descobrir nesta secção Transmission.

A School Trip dedica-se à formação de públicos escolares, e a competição Cinema Novo promete premiar o melhor cinema de estudantes desta arte. A Competição Internacional promete revelar grandes filmes ao público português, secção esta que premiou em 2016 Eldorado XXI de Salomé Lamas.

Procurando sempre afirmar-se como um encontro de cinema documental, que explora a expressão humana e geografias do nosso planeta, o festival volta a apostar numa programação arrojada e inovadora, que se abre às diferentes sensibilidades. Sem elitismo, revela-se uma iniciativa transversal e apelativa quer a públicos generalistas, quer a melómanos.

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sobre o autor

Isabel Leirós

"Oh, there is thunder in our hearts" (Ver mais artigos)

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