Simultaneamente inspirados pela energia crua e indisciplinada do panorama underground britânico e pelas baladas românticas típicas dos anos 50 e 60, os Huggs nascem do contraste entre as melodias contagiantes do Duarte Queiroz na guitarra e voz e a irreverência punk e bateria pesada do Jantónio, quando os dois se conhecem por acaso num projecto de faculdade.
Ao vivo, apresentam-se como um power trio, contando para isso com a ajuda do Guilherme Correia (Ditch Days) que, depois de assistir a um ensaio, não só se encarregou do baixo como ajudou a produzir e completar as primeiras canções da banda. Desta forma, os Huggs imediatamente nos transportam para uma atmosfera tão suja, fria e insensível – impossível não lembrar a tão aclamada série Shameless – quanto quente e apaixonante.
#1 Take My Hand
Uma das primeiras músicas que fizemos e que sobreviveu. Define bem o som da banda no sentido em que concilia as influências de cantores românticos dos anos 60 com uma injecção punk do Jantónio.
#2 I'll Be Alright
Podia ser um single, mas experimentámos demasiados delays na parte final e não quisemos assustar as pessoas.
#3 Troubles
Um grito de esperança depois de uma fase má. A bateria em contra tempo aconteceu quando o Jantónio se enganou a escrever a bateria num programa de beats, para se lembrar mais tarde. Obrigado Fruity Loops ?
#4 Losing
O riff mais conturbado do indie português. Esta música fala do quão assustador é crescer.
#5 Find Out
Possuidora de, na nossa opinião, o final mais nostálgico das nossas músicas, é o single que acompanha o lançamento do EP. A bateria foi feita a seguir à Losing. O Jantónio não parou de tocar e continuámos na onda. Tentámos que o EP não tivesse apenas aquele ritmo de bateria, porque podia facilmente acontecer.
#6 Cocaine
Inspirada no Jay Reatard e assim chamada como tributo àquilo que o matou. Fala de um psicopata apaixonado. É rápida e ponto final.